Deputado distrital João Cardoso abre bíblia e defende liberdade religiosa em plenário

Líder do bloco A Força da Família apaziguou colegas durante discussão sobre religião e homofobia

Um fato inusitado partiu hoje (28/2) do líder do bloco A Força da Família durante o comuicado de parlamentares, no plenário da Câmara Legislativa. O deputado João Cardoso (Avante) resolveu abrir a bíblia oficial daquele espaço para defender a liberdade religiosa. O objetivo foi apaziguar colegas em torno da discussão sobre o caso do pastor norte-americano denunciado recentemente por homofobia ao pregar que “homossexuais têm uma reserva no inferno” durante congresso de igreja evangélica.

“Nós temos aqui na Câmara Legislativa uma cruz com o Cristo. Muitos criticam que isto é um símbolo do catolicismo, e eu digo para todos que ali é um símbolo do cristianismo.”, disse o parlamentar católico, membro há mais de 30 anos do Caminho Neocatecumenal.

“Foi Ele quem nos deu a vida. Tudo aquilo que talvez eu merecia, Ele passou por mim e por todos nós: católicos, evangélicos, LGBTQIA+, ateus, etc. E Ele não está morto. Cristo está vivo e de braços abertos, e falando que ama todos nós. Quando Ele deu a vida e ressuscitou, Ele não fez isso por católico ou evangélico, mas por todos nós.”, afirmou, em tom conciliador.

Quebrando o protocolo, João Cardoso resolveu abrir a bíblia do plenário para consultar uma palavra para aquele momento, e de forma aleatória, escolheu um trecho de Lamentações, versículos 18 e 19, que trazem: “Clama ao Senhor, ó filha de Sião; corram as tuas lágrimas, como um ribeiro, de dia e de noite; não te dês repouso, nem descansem os teus olhos. 19. Levanta-te, clama de noite no princípio das vigias; derrama o teu coração como águas diante do Senhor!”.

Para o parlamentar, que compartilhou o seu processo de conversão ainda jovem e ao lado da esposa, com quem tem oito filhos, a resposta enaltece o amor incondicional.

“Essa é uma palavra de Deus falando que podemos orar e olhar um pelo outro, e podemos amar o próximo, seja ele quem for”, concluiu João Cardoso.

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