Professor da Secretaria de Educação do Distrito Federal, o deputado distrital João Cardoso (Avante) defendeu no plenário da Câmara Legislativa nessa quarta (4/12) mais direitos e respeito aos Educadores Sociais Voluntários. Ao propor reflexão sobre o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado no dia 3, o parlamentar criticou o descaso do Governo do Distrito Federal com os profissionais que atendem, sem capacitação, estudantes com necessidades especiais na rede pública de ensino. “É um serviço análogo ao escravo”, dispara.
De acordo com o distrital, os Educadores Sociais Voluntários auxiliam nas atividades do dia a dia das escolas, e geralmente são direcionados para atender crianças com necessidades especiais. João Cardoso denuncia que os trabalhadores não têm direito a atestado médico, não possuem direitos em casos de acidentes de trabalho, recebem pagamentos atrasados e não conseguem trabalhar na mesma escola em turnos diferentes. Sem salário específico, os educadores recebem uma ajuda de custo no valor de R$ 30,00 por dia para despesas com alimentação e transporte.
“Esta é uma nova classe que surgiu e eu vou abraçar essa causa. Nós temos hoje 378 educadores sociais em Sobradinho e mais de 6 mil no DF. Vou organizar essa categoria e fazer com que eles tenham o apoio necessário também do governo e da CLDF para que tenham dignidade porque são eles que tomam conta das nossas crianças com necessidades especiais nas escolas públicas. Temos que ter respeito por esses trabalhadores”, firmou compromisso João Cardoso.
Conquista para as pessoas com deficiência
Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Pessoa Com Deficiência, João Cardoso destacou durante discurso na CLDF suas principais lutas e conquistas pelas pessoas com deficiência, que somam cerca de 650 mil no DF atualmente. Uma das conquistas é a lei que reduz em 50% a carga horária de servidores com necessidades especiais.
“Tenho orgulho em dizer que tenho dado a minha contribuição ao acompanhar de perto as pessoas com deficiência física e mental. Somos autores do Projeto de Lei Complementar 6/2019, que foi aprovado nesta Casa junto com projeto do GDF, originando a Lei Complementar 954, que reduz em 50% a carga horária de servidores com necessidades especiais. E o mais importante: este benefício é também estendido à pessoa que possui cônjuge ou dependente nas mesmas condições.”, afirmou.
Uma resposta
Atenção… SEEDF além de não cumprir a meta 6 do Plano Distrital de Educação promove o desmonte da Educação Integral no Distrito Federal.
Conto com o seu compromisso, enquanto representante público e pai de crianças que estudam na rede pública, que não permita que a Educação Integral seja desmantelada, nem na regional de Sobradinho e em nenhum lugar do DF.
Se tiver a oportunidade de conhecer como o programa de Educação Integral, acontece nas escolas públicas do DF, saberá que esse programa, literalmente, salva vidas.
Apelo para o seu respeito e consideração aos alunos, pais, Educadores Sociais Voluntários e gestores que atuam nas escolas de Educação Integral.