Igreja debate a situação da saúde no DF
A Paróquia São José de Anchieta, em Paranoá, recebeu a primeira edição do Fórum Social Permanente de 2024, em 26 de abril, para debater a questão da saúde no contexto da religião e das medidas que podem ser adotadas pelo poder público.
O Fórum foi criado pela Arquidiocese de Brasília, sob a coordenação do vigário-geral, padre Eduardo Peters e conta com apoio da Frente Parlamentar Católica da CLDF, presidida pelo deputado distrital, João Cardoso.
De acordo com vigário, os católicos têm a oportunidade de expor necessidades e de ouvir especialistas, nestes eventos. O que considerou fundamental para que seja desenvolvida uma mentalidade crítica e responsável junto aos fiéis. “Todos devemos fazer a nossa parte”, disse. Ele fez um relato sobre as atividades do Fórum, ano passado, quando o tema foi a educação. “Nós ouvimos as opiniões de pais, professores e diretores e, a partir disso, já fizemos alguns encaminhamentos junto aos órgãos de ensino”, informou. “Finalizamos com uma Audiência Pública na CLDF sobre o papel das comunidades cristãs na educação, o que foi muito proveitoso.
Padre Peters destacou os cuidados com a saúde como algo prioritário e que esses devem ser coletivos, não apenas uma preocupação de cada indivíduo. “Eu faço meus exames periódicos, mas isso sou eu. A saúde merece ser entendida de maneira geral; são necessárias estruturas de atendimento e prevenção”, pontuou. Ele citou as práticas sanitárias como parte dos esforços para que sejam combatidas doenças iguais à Dengue. “O Estado tem a responsabilidade de evitar epidemias, mas nós também precisamos ajudar”.
O presidente da Frente Parlamentar Católica, deputado distrital João Cardoso, trouxe dados sobre investimentos nas escolas do Distrito Federal, a partir de emendas parlamentares. De acordo com o distrital, mais de R$ 40 milhões foram alocados pelo mandato para atender cerca de 300 unidades de ensino, mostrando como o Fórum pode ajudar assuntos de interesse social.
O deputado colaborou com a fala do padre Eduardo com uma análise sobre doenças que afetam profissionais de várias carreiras, tais como ansiedade, depressão e síndrome do pânico. “É preciso atenção especial com essas profissões”. Aumentaram os casos entre professores, policiais e, inclusive, líderes religiosos”, falou. “Suicídios também cresceram”, lamentou. O parlamentar terminou citando a prática do aborto entre possíveis causas de problemas emocionais. “Nós cremos que a interrupção da gravidez possa trazer grandes prejuízos para mãe. Por esse motivo e pela obediência aos valores bíblicos/cristão, assumimos uma posição em defesa da vida”.
A coordenação do Fórum informou que a próxima reunião está marcada para 31de maio, em Planaltina.